“Dr. Filipe Storch, o que eu tenho medo mesmo é da anestesia!”. Essa é uma das frases que eu mais ouço dos pacientes que eu anestesio.
O grande motivo por trás desse medo vem do passado, quando mortes por anestesia não eram incomuns. No entanto, hoje em dia, os procedimentos que envolvem anestesia se tornam muito mais seguros graças ao avanço da tecnologia.
Atualmente, além de drogas anestésicas muito mais seguras, a anestesia é feita com monitorização completa do coração, pulmão, concentração de oxigênio no sangue, pressão arterial invasiva, monitores de função cardiológica e até monitorização cerebral da profundidade anestésica.
Todas essas tecnologias são bastante recentes e mudaram completamente a realidade da anestesiologia, tornando a anestesia um procedimento seguro.
Neste texto vamos explorar um pouco mais sobre as anestesias e como elas funcionam, para que você perca seu medo de forma definitiva.
Anestesia: o que é, como funciona?
Anestesia é um estado induzido que bloqueia a sensação de dor, consciência e outras sensações. Pode ser local, regional ou geral, e é usada para que o paciente possa ser submetido a procedimentos cirúrgicos que sem ela não seriam suportáveis.
Além disso, é importante compreender que existem diversos tipos de medicamentos anestésicos e a escolha do método vai depender das condições do paciente e do tipo de procedimento médico a ser realizado. A mais temida, normalmente, é a conhecida anestesia geral, por isso, vamos falar mais sobre ela a seguir.
Anestesia geral
A anestesia geral é, atualmente, considerada um procedimento seguro e cuidadosamente administrado para garantir que você fique inconsciente durante a cirurgia, sem sentir dor ou desconforto.
Os medicamentos utilizados são projetados para proporcionar um sono profundo, relaxar seus músculos e bloquear a sensação de dor. Isso permite que você passe pelo procedimento de forma tranquila e sem se lembrar de nada quando acordar.
A aplicação da anestesia pode ocorrer de maneiras diferentes, seja por uma injeção na veia, com efeito imediato, ou através de uma máscara de gás, inalando-o pelos pulmões.
A equipe de Anestesiologistas do Instituto Medicina em Foco está altamente treinada para adaptar o procedimento às suas necessidades individuais, garantindo conforto e segurança.
A duração da anestesia é cuidadosamente calculada pelo anestesiologista, levando em consideração o tempo necessário para a cirurgia. Os agentes que causam inconsciência são administrados continuamente até o fim do procedimento.
É importante mencionar que, embora existam efeitos colaterais possíveis, como enjoo ou vômito, eles são gerenciados de forma eficaz pela equipe médica. Casos mais graves são extremamente raros, e a medicina moderna continua avançando para minimizar esses riscos.
Vejamos abaixo algumas das dúvidas mais comuns sobre anestesia:
Quais os possíveis efeitos tardios da anestesia geral?
Assim que o paciente acorda do procedimento, é possível que ele apresente efeitos mais imediatos, no geral, os efeitos colaterais duram pouco tempo e ao fim da anestesia, o paciente fica em observação na Sala de Recuperação Anestésica para monitorização e controle desses efeitos, até que esteja pronto para ir para o quarto com segurança. Os mais comuns são:
- Náusea e vômitos;
- Boca seca;
- Sensação de calafrios;
- Dor muscular;
- Confusão;
- Tontura e sonolência.
Anestesia geral: precisa entubar?
A intubação é importante para que o procedimento seja realizado de forma segura para o paciente. Isso porque durante a anestesia geral o paciente perde a capacidade de realizar alguns movimentos naturais, como engolir, tossir etc., que são importantes para manter as vias aéreas limpas e funcionais.
Além disso, algumas cirurgias podem exigir relaxamento muscular, impedindo que a respiração aconteça de forma natural. Dessa forma, o tubo de oxigênio garante que o paciente respire com tranquilidade durante toda a cirurgia.
Garantir continuamente a adequada oxigenação dos tecidos e do cérebro e uma das funções mais importantes do anestesista.
Anestesia geral pode matar?
O procedimento de anestesia se tornou bastante seguro nos últimos 50 anos graças ao avanço tecnológico, como já vimos anteriormente. No entanto, a anestesia não está isenta de riscos ou complicações.
A maior parte dos riscos está associada a condições prévias do paciente, por isso é fundamental que você seja totalmente honesto nas suas respostas durante a entrevista pré-anestésica e nas consultas médicas. Dessa forma, os profissionais são capazes de otimizar os procedimentos e medicações para aumentar a segurança do paciente.
Quanto tempo dura a anestesia geral?
O tempo de duração da anestesia depende do tempo de duração do procedimento médico que será realizado. Isso acontece porque o médico anestesiologista garante que a anestesia funcione o tempo necessário para que o paciente permaneça inconsciente durante todo o procedimento.
Outras anestesias: local, peridural e raquidiana
Anestesia local
Anestesia local é frequentemente utilizada em procedimentos mais simples, mas também associada a outras anestesias (sedação e anestesia geral) em procedimentos mais complexos. Esse tipo de anestesia foca em infiltrar com anestésicos a região do procedimento para bloquear a sensação de dor.
A anestesia local isolada possui uma menor necessidade de cuidados pós-operatórios, pois não envolve medicações que agem no resto do corpo, apenas em uma menor área onde foi aplicada.
Existem doses máximas que podemos usar de anestésicos, limitando o uso dessa anestesia isoladamente para procedimentos de menor complexidade.
Anestesia peridural
A anestesia peridural é classificada como um procedimento regional, bloqueando uma área inteira do corpo. É bastante conhecida pelo papel importantíssimo que desempenha nos procedimentos obstétricos, principalmente durante o parto, permitindo que a pessoa permaneça consciente, mas sem dores.
Uma curiosidade da anestesia peridural é que através de doses e concentrações diferentes, conseguimos até bloquear a dor de uma região sem bloquear os movimentos.
Ela é administrada ao redor do canal espinhal, e permite a continuidade do trabalho de parto. Ela pode ser aplicada de forma única ou de forma contínua através de um cateter, proporcionando alívio das dores durante um tempo maior e até ser usada para controle de dor pós operatória.
Anestesia raquidiana
A anestesia raquidiana, também uma forma de anestesia regional, bloqueia os nervos da medula. Geralmente usada para anestesiar a parte inferior do corpo.
Ao contrário da anestesia peridural, a raquidiana é injetada diretamente no liquor (líquido que fica em volta da medula). Devido a isso, conseguirmos anestesiar áreas grandes do corpo com doses bem menores de anestésicos.
Diferente também da peridural, a raquidiana é aplicada uma única vez. A eficiência desse método destaca-se pela dessensibilização mais profunda e pela administração simplificada.
Conclusão
Como vimos, os procedimentos anestésicos evoluíram muito nos últimos 50 anos, diminuindo muito os riscos e efeitos colaterais relacionados à anestesia.
Tenha em mente que os profissionais de saúde vão sempre analisar os prós e contras de procedimentos cirúrgicos antes de realizá-los, e que a indicação da anestesia só vai ocorrer depois de compreender as especificidades de cada paciente.
Aproveite a consulta pré-anestésica para tirar todas suas dúvidas sobre o procedimento e ir bem mais tranquilo para a sala de cirurgia.
Um bom médico deve estar preparado para conversar e sanar todas as suas dúvidas e medos.
Por isso, se você está em busca de um corpo médico com foco no seu bem-estar, saúde e segurança, agende sua consulta conosco.
Faça contato pelo telefone e WhatsApp: (11) 3289-3195.
Estamos ansiosos para recebê-lo!
0 comentários