O joelho é uma das articulações mais complexas do corpo humano, responsável por suportar peso, permitir movimentos essenciais e suportar impactos significativos. No entanto, devido à sua estrutura intrincada, o joelho está suscetível a uma variedade de lesões que podem comprometer sua função e causar desconforto severo.
Neste artigo, vamos explorar a cirurgia de joelho. Veremos os tipos de lesão no joelho, como são avaliadas através de uma avaliação pré-operatória, e como a cirurgia de joelho pode ser uma opção eficaz para restaurar a saúde e funcionalidade dessa articulação vital.
No Instituto Medicina em Foco contamos com o ortopedista especialista em joelho São Paulo Dr. Bruno Fonseca, que explicará sobre essa articulação tão importante no corpo humano.
Doutor, meu caso é cirúrgico. E agora? É muito comum o Dr. Bruno Fonseca ouvir em seu consultório dois tipos de questionamentos: um é quanto a idade, pacientes perguntam “e agora? Sou velha demais para isso, a minha idade não permite” e outro questionamento é quanto a recuperação cirurgia de joelho, “quanto tempo vou ficar afastado?”.
Bom, quanto a questão da idade, o Dr. Bruno ressalta que é um grande mito. Se a avaliação pré-operatória é realizada com segurança e é pedido a avaliação de um cardiologista, a sua cirurgia pode, sim, ser realizada. A idade não é um fator limitante. Mais a frente responderemos à dúvida sobre a recuperação cirurgia de joelho, vamos explicar sobre a avaliação pré-operatória antes.
Cirurgia de joelho: explicando a avaliação pré-operatória
Antes de considerar qualquer procedimento cirúrgico no joelho, é essencial realizar uma avaliação pré-operatória meticulosa. Esta avaliação visa não apenas determinar a necessidade da cirurgia, mas também garantir que o paciente esteja em condições adequadas para o procedimento.
Durante a avaliação pré-operatória, o especialista em joelho São Paulo, como o Dr. Bruno Fonseca do Instituto Medicina em Foco, realiza uma série de etapas fundamentais:
- Histórico clínico detalhado: é essencial compreender a história médica completa do paciente, incluindo quaisquer lesões anteriores no joelho, doenças crônicas, medicações em uso e histórico familiar relevante. Assim, é possível identificar fatores de risco inerentes ao procedimento como diabetes e tabagismo, já que esses dois, por si só, interferem no processo de cicatrização. Por isso, a glicemia e o diabetes devem estar controlados e, uma forma de fazer esse controle é utilizar a hemoglobina glicada.
- Exame físico completo: o ortopedista realiza um exame físico detalhado do joelho afetado, avaliando a amplitude de movimento, estabilidade da articulação, presença de inchaço, sensibilidade e sinais de danos nos tecidos moles, se a pele onde vai ser feito a incisão está saudável, sem hiperemias ou cicatrizes prévias. Além disso, as pernas do paciente são verificadas se não estão muito inchadas ou com sinais de insuficiência venosa, o que pode aumentar o risco de trombose.
- Exames de imagem: radiografias, ressonância magnética (RM) e/ou ultrassonografia são frequentemente utilizados para visualizar estruturas internas do joelho, como ossos, cartilagens, ligamentos e meniscos. Esses exames ajudam a confirmar o diagnóstico e planejar o procedimento cirúrgico. Como protocolo de segurança, as imagens e o lado a ser operado são sempre conferidas.
- Avaliação cardiológica e laboratorial: dependendo da idade e condição médica do paciente, uma avaliação cardiológica pode ser solicitada para garantir que o paciente possa tolerar a cirurgia. Além disso, exames laboratoriais são realizados para avaliar a saúde geral do paciente antes da intervenção cirúrgica. O risco cirúrgico é fundamental e é feito em conjunto com a equipe da anestesiologia para escolhermos a melhor anestesia que o coração do paciente suporte.
A avaliação pré-operatória é fundamental para garantir a máxima segurança do paciente durante e após a cirurgia de joelho, minimizando riscos e maximizando os resultados positivos.
Cirurgia de joelho: tipos de lesão no joelho
O joelho é vulnerável a uma série de lesões, cada uma com suas causas específicas e sintomas característicos. O Dr. Bruno Fonseca, especialista em joelho São Paulo, no Instituto Medicina em Foco, explica os tipos de lesão no joelho mais comuns:
- Lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA): um dos tipos de lesões no joelho mais comuns em esportes de contato e atividades que envolvem mudanças bruscas de direção. O LCA pode ser parcialmente rompido ou completamente rompido, resultando em instabilidade no joelho e dificuldade para suportar o peso.
- Lesão do menisco: os meniscos são cartilagens em forma de C que funcionam como amortecedores entre o fêmur e a tíbia. Lesões meniscais podem ocorrer devido a torções, movimentos bruscos ou degeneração relacionada à idade. Dependendo da gravidade, pode ser necessária uma reparação cirúrgica ou ressecção parcial do menisco.
- Luxação patelar: ocorre quando a patela se desloca de sua posição normal na tróclea femoral. Esta condição pode ser dolorosa e pode levar a recorrências frequentes se não tratada adequadamente.
- Tendinite patelar: inflamação do tendão patelar, geralmente associada a esportes que envolvem saltos frequentes, como basquete e vôlei. A tendinite patelar causa dor na parte frontal do joelho, especialmente durante atividades físicas.
- Artrose: também conhecida como osteoartrite, é uma condição degenerativa que afeta a cartilagem articular do joelho. Isso pode resultar em dor crônica, rigidez e limitação de movimento à medida que a cartilagem se desgasta ao longo do tempo.
Cada um dos tipos de lesão no joelho requer uma abordagem de tratamento específica, que pode variar de medidas conservadoras, como fisioterapia e uso de medicamentos, a intervenções cirúrgicas mais complexas, dependendo da gravidade e impacto na qualidade de vida do paciente. E cada tipo de lesão tem um protocolo pós-operatório específico que será abordado nas séries que serão publicadas em breve.
Cirurgia de joelho e recuperação.
Agora iremos, finalmente, responder a sua dúvida quanto a recuperação cirurgia de joelho. Ela varia de acordo com o tipo de procedimento realizado e as condições específicas de cada paciente, além da técnica utilizada.
Em geral, os pacientes são encorajados a iniciar a fisioterapia logo após a cirurgia de joelho para fortalecer os músculos ao redor do joelho, melhorar a amplitude de movimento e acelerar a recuperação funcional. O tempo de recuperação pode variar de algumas semanas a vários meses, dependendo da complexidade da cirurgia de joelho e do comprometimento pré-existente dos tipos de lesão no joelho.
Por exemplo, um jogador de futebol que lesionou o LCA ficará no mínimo seis meses fazendo fisioterapia, então ele tem que se preparar para esse período de reabilitação. Já um paciente mais idoso que tem apenas um flap meniscal e o joelho está travando, a gente vai só fazer a ressecção desse fragmento meniscal, então ele vai retornar mais rápido. Em um mês, ele já vai estar de volta ao trabalho.
Dependendo da técnica utilizada, segura-se mais a carga e o paciente necessita de muletas e andador como auxílio na marcha. Por exemplo. Na cirurgia de prótese de joelho já é permitido deambular normalmente no mesmo dia da cirurgia. Já após uma cirurgia de sutura de menisco, não podemos soltar o peso por cerca de 6 a 8 semanas, necessitando de muletas.
É crucial procurar a orientação de um especialista em joelho São Paulo, como o Dr. Bruno Fonseca do Instituto Medicina em Foco, para uma avaliação completa e diagnóstico preciso. Com uma abordagem individualizada e tratamentos avançados, é possível não apenas aliviar a dor, mas também restaurar a função do joelho, permitindo que os pacientes retornem às suas atividades diárias com segurança e confiança. Marque uma consulta hoje mesmo e dê o primeiro passo em direção à recuperação completa do seu joelho.
Referências:
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