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Deficiência nutricional pós-bariátrica: saiba os riscos
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Veja a importância do acompanhamento no pós operatório na cirurgia bariátrica para evitar a falta de nutrientes no organismo

Ao longo do tempo, a cirurgia bariátrica se tornou uma alternativa para o tratamento da obesidade mórbida. Para os pacientes que já tentaram alguma vez um método mais conservador com dietas e atividades físicas e mesmo assim falharam, este procedimento é uma saída a se considerar.

No entanto, em que pese os seus benefícios a longo prazo, é preciso se atentar com os riscos da deficiência nutricional pós-bariátrica. Por conta da alteração anatômica e fisiológica, comum nos procedimentos bariátricos, pacientes que optam por esta solução são mais suscetíveis a desenvolver complicações nutricionais

Neste texto, você entenderá um pouco sobre as causas dessas deficiências nutricionais após a redução de estômago, quais nutrientes são os mais afetados e a importância de realizar um acompanhamento nutricional após a cirurgia. Para saber mais, entre em contato com o Dr. Carlos Obregon, gastrocirurgião do Instituto Medicina em Foco.

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Entre em contato com o Instituto Medicina em foco para agendar uma consulta com gastrocirurgião em são paulo e saber sobre deficiência nutricional pós-bariátrica

Desnutrição após a cirurgia bariátrica: quais os fatores?

Em primeiro lugar, é preciso destacar que as técnicas cirúrgicas no procedimento bariátrico não são puramente restritivas, nem disabsortivas. No passado, esse conceito era comum (a Banda Gástrica Ajustável – BGA – era puramente restritiva enquanto que o duodenal switch e o scopinaro eram disabsortivos), porém, hoje isso mudou.

Atualmente, a gastrectomia vertical (sleeve gástrico) remove aproximadamente 80% do volume estomacal. Nesta parte é retirada uma área extremamente importante na modulação do apetite: o fundo gástrico – região produtora do hormônio da fome, a grelina. Isso faz com que o paciente tenha menor apetite.

O bypass não é uma cirurgia disabsortiva na maior parte dos pacientes, pelo menos no que diz respeito aos macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas). Ocorre sim um desvio intestinal, mas a parte destinada à absorção (alça comum) é bem maior que a dos procedimentos disabsortivos. 

Por outro lado, pacientes que fazem bypass podem ter disabsorção de micronutrientes (minerais – como ferro, cobre, zinco e vitaminas – A, D, K, complexo B).  Mas o principal mecanismo da perda de peso do bypass não é disabsorção, e sim estímulo hormonal. Dessa forma, a bariátrica pode levar ao desenvolvimento de deficiências de macro e micronutrientes após a cirurgia conforme foi mostrado em algumas pesquisas.

Além disso, um fator que contribui para esse quadro de desnutrição é a falta de acompanhamento nutricional após a cirurgia. De acordo com um levantamento publicado na Oxford Academic, após 5 anos da cirurgia, somente 29,6% dos pacientes bariátricos retornavam para realizar uma consulta. Dados semelhantes foram relatados em outra pesquisa que mostrava que somente 80 dos 1216 pacientes estavam recebendo cuidados de acompanhamento no terceiro ano.

Outros fatores que aumentam os riscos das deficiências vitamínicas no paciente bariátrico

  • Redução significativa de calorias na dieta, mesmo com aumento no consumo de proteínas.
  • Mudanças na estrutura e funcionamento do sistema digestivo.
  • Desequilíbrios na flora intestinal após a cirurgia.
  • Ausência ou uso inadequado de suplementos nutricionais essenciais.

SIBO: um fator que pode ocorrer em algumas bariátricas

Alguns tipos de cirurgia bariátrica, como o bypass gástrico, aumentam o risco de Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado (SIBO). Essa condição já pode estar presente em pessoas com obesidade antes da operação. 

Em um estudo com 378 pacientes, o SIBO foi identificado em cerca de 15% dos indivíduos antes da cirurgia e aumentou para 40% após a cirurgia de Bypass. Além disso, o crescimento bacteriano excessivo compromete a absorção de nutrientes, competindo por vitaminas e minerais, e seus metabólitos podem danificar o revestimento intestinal. Isso pode causar deficiências de vitaminas lipossolúveis (A, D e E), proteínas, carboidratos, tiamina e vitamina B12, enquanto os níveis de folato e vitamina K tendem a se elevar. 

Se você passou por alguma cirurgia bariátrica, entre em contato com a MEF e marque uma consulta com o Dr. Carlos Obregon.

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Deficiência nutricional pós-bariátrica: quais problemas possíveis?

Na pós-cirurgia, é comum que alguns pacientes bariátricos relatem alguns problemas nutricionais. Vejam os mais comuns.

Anemia

A anemia é uma das deficiências mais frequentes após a cirurgia bariátrica, principalmente nos primeiros dois anos. Segundo a Sociedade Americana de Hematologia, entre 33% e 49% dos pacientes bariátricos desenvolvem anemia nesse período. Vale lembrar que até 12% dos pacientes já apresentam anemia antes da cirurgia, o que reforça a importância de realizar exames de triagem no pré-operatório.

Essa anemia pós-bariátrica geralmente está relacionada à deficiência de ferro, causada por fatores como:

  • Redução da ingestão alimentar.
  • Intolerância a carnes ou laticínios.
  • Diminuição da acidez gástrica (hipocloridria).
  • Desvio do duodeno e jejuno proximal, regiões fundamentais para a absorção do ferro.

Além do ferro, a vitamina B12 também pode estar em falta, especialmente após cirurgias com desvio intestinal, como o bypass. Essa vitamina depende do duodeno e do fator intrínseco para ser absorvida — estruturas alteradas nesses procedimentos. A suplementação oral ou intramuscular de B12 é indicada em muitos casos. 

Outra causa importante de anemia é a deficiência de ácido fólico. Ela atinge de 9% a 39% dos pacientes bariátricos, também contribuindo para quadros de cansaço e queda da imunidade.

Problemas no metabolismo ósseo

A cirurgia bariátrica pode impactar diretamente a saúde dos ossos, aumentando o risco de osteoporose, perda de massa óssea e fraturas. Isso acontece porque, além da redução da carga mecânica sobre os ossos após o emagrecimento, há dificuldade na absorção de cálcio e vitamina D, nutrientes essenciais para manter a estrutura óssea forte.

As principais causas dessa fragilidade óssea incluem:

  • Desvio do duodeno e do jejuno, locais onde o cálcio é absorvido.
  • Redução da ativação da vitamina D, agravada por má absorção de gordura.
  • Baixa ingestão de laticínios, vômitos frequentes ou falha na suplementação.

Para prevenir complicações, é essencial manter níveis adequados de cálcio e vitamina D, com suplementação orientada e exames regulares para monitorar a densidade mineral óssea.

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Deficiências de vitaminas e minerais

Após a cirurgia bariátrica, é comum o organismo apresentar baixa absorção de vitaminas e minerais, principalmente em procedimentos com desvio intestinal. Veja os principais déficits:

  • Vitamina A: pode afetar até 69% dos pacientes após alguns anos. Sintomas mais comuns são cegueira noturna, ressecamento ocular e queda de cabelo.
  • Vitamina K: deficiência relatada em até 60% dos casos. Normalmente, sem sintomas visíveis, como hematomas ou sangramentos.
  • Vitamina B1 (Tiamina): pode atingir até 49% dos pacientes. A falta é mais percebida em pacientes que passaram pelo bypass do jejuno. Pode evoluir para a síndrome de Wernicke-Korsakoff, com sintomas neurológicos graves.
  • Vitamina C: deficiência em 10% a 50% dos pacientes. Pode causar cicatrização lenta, petéquias e sangramento nas gengivas, embora nem sempre haja sinais claros.

Além das vitaminas, a cirurgia pode comprometer a absorção de minerais essenciais como zinco, magnésio, cobre e selênio. Esses nutrientes participam de diversas funções no corpo e sua falta pode afetar o sistema nervoso, coração e intestino. O acompanhamento com exames periódicos é indispensável para detectar e corrigir essas carências.

Desnutrição proteica

A desnutrição proteica é uma das complicações mais sérias após a cirurgia bariátrica, especialmente em procedimentos com má absorção. Após a Derivação Biliopancreática (DBP), a incidência pode chegar a 21% dos pacientes. Já no bypass gástrico, o risco aumenta quando o membro de Roux ultrapassa 150 cm, com registros de até 13% em dois anos.

Mesmo em cirurgias mais restritivas, como o sleeve gástrico, a desnutrição pode ocorrer em pacientes que:

  • Evitam consumir alimentos ricos em proteína.
  • Apresentam vômitos frequentes no pós-operatório.
  • Desenvolvem comportamentos alimentares inadequados.

A deficiência proteica pode levar à queda de albumina no sangue, edema, perda de força e aumento do risco de internações. A avaliação da massa magra corporal e o monitoramento dos níveis de proteína são fundamentais para detectar precocemente o problema e ajustar a alimentação ou suplementação.

Qual a importância de um acompanhamento nutricional de qualidade no pós-operatório?

Por isso, o acompanhamento nutricional especializado é fundamental para prevenir deficiências que podem comprometer a saúde física e emocional do paciente. Sem orientação adequada, é comum haver carências de ferro, cálcio, vitaminas B12, D e A, além de perda de massa muscular e desnutrição proteica.

Um nutricionista com experiência em pós-operatório bariátrico avalia a evolução da alimentação, adapta a dieta às necessidades de cada fase, orienta a suplementação e solicita exames para monitoramento regular. Esse cuidado contínuo ajuda a manter o peso saudável, evita complicações clínicas e melhora a qualidade de vida no longo prazo, promovendo um processo seguro e eficaz de reeducação alimentar.

Marque uma consulta com gastrocirurgião focada no acompanhamento nutricional pós-bariátrico no Instituto Medicina em Foco.

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Por que confiar no Instituto Medicina em Foco para obter um acompanhamento médico pós-bariátrica?

No Instituto Medicina em Foco, o cuidado com o paciente bariátrico vai além da cirurgia. Aqui, a sua jornada não termina logo após o procedimento — é no pós-operatório que o acompanhamento médico se torna ainda mais importante para preservar a saúde, evitar deficiências nutricionais e garantir resultados sustentáveis a longo prazo.

Com uma equipe formada por nutricionistas e clínicos especializados, o Instituto oferece um plano de cuidado completo, com foco na prevenção de complicações e na adaptação alimentar.

O acompanhamento pós-bariátrico no Instituto Medicina em Foco oferece:

  • Gastrocirurgiões atualizados e experientes nos casos de complicação nutricional pós-bariátrica. 
  • Nutricionistas especializados em bariátrica e suplementação nutricional.
  • Avaliação laboratorial frequente e exame de bioimpedância.
  • Prevenção e correção de deficiências de ferro, cálcio, vitaminas B12 e D.
  • Monitoramento da perda de peso e da composição corporal.
  • Planos de cuidado individualizados e humanizados.

Dr. Carlos Obregon especialista em gastrocirurgia da MEF

O Dr. Carlos Obregon é natural de Minas Gerais e graduou-se em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em São Paulo, realizou residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). 

Atualmente, atua como médico colaborador do Serviço de Cirurgia do Cólon e Reto do Hospital das Clínicas (HCFMUSP) e como médico plantonista cirúrgico no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP-HCFMUSP).

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Se você precisa marcar uma consulta com uma equipe multidisciplinar para realizar um acompanhamento nutricional, entre em contato com a MEF e tire suas dúvidas com o Dr. Carlos Obregon. Não hesite em entrar em contato.

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Conteúdo atualizado em 2025. 

FAQ – Perguntas frequentes sobre deficiência nutricional pós-bariátrica: saiba os riscos

1. Quais exames são avaliados durante a consulta com o gastrocirurgião no pós-operatório da bariátrica?

São avaliados exames laboratoriais, níveis vitamínicos e composição corporal para monitorar a saúde após a cirurgia bariátrica.

2. É verdade que a cirurgia bariátrica pode causar deficiência nutricional se não houver acompanhamento?

Sim. Sem acompanhamento, a cirurgia bariátrica pode causar deficiência nutricional grave, como falta de vitaminas e minerais.

3. Como funciona o acompanhamento nutricional depois do sleeve gástrico?

O acompanhamento pós-sleeve gástrico orienta a alimentação e a suplementação, prevenindo deficiências nutricionais.

4. Quando devo me preocupar com sinais de desnutrição no pós-bariátrica?

Fraqueza, queda de cabelo, tontura e perda de massa magra podem indicar desnutrição após a cirurgia bariátrica.

5. Por que é importante fazer a reposição de vitaminas como B12 e D após a cirurgia bariátrica?

Vitaminas como B12 e D são mal absorvidas após a bariátrica, por isso é essencial a reposição contínua.

6. Como a consulta com nutricionista no pós-bariátrica ajuda na suplementação?

O nutricionista ajusta a alimentação e a suplementação conforme os exames, prevenindo carências nutricionais.

7. Qual é o risco de deficiência de ferro e cálcio após a cirurgia bariátrica?

Após a bariátrica, pode haver má absorção de ferro e cálcio, aumentando o risco de anemia e osteoporose.

8. Como identificar se estou tendo perda de massa muscular após a bariátrica?

Cansaço, perda de força e resultados da bioimpedância podem indicar perda de massa muscular após a bariátrica.

9. A falta de acompanhamento pode levar à desnutrição proteica em pacientes bariátricos?

Sim. A falta de acompanhamento pode causar desnutrição proteica, afetando a imunidade e a recuperação.

10. Quem teve obesidade mórbida precisa manter suplementação nutricional a longo prazo após a cirurgia?

Sim. Mesmo após perder peso, a suplementação deve ser mantida para evitar deficiências nutricionais no longo prazo.

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