Veja os prós e contras para escolher a melhor cirurgia bariátrica para o seu caso
Ao longo dos anos, a Cirurgia Bariátrica se reinventou bastante. Apesar de suas primeiras técnicas terem sido postuladas há mais de sessenta anos, algumas delas como sleeve e bypass gástrico vêm sendo aprimoradas e descritas na literatura médica.
Essa cirurgia de redução de estômago evoluiu muito, reduzindo a morbidade (ocorrência de doenças no período pré, durante e pós-operatório), mortalidade e tempo de internação. Isso se deve graças à padronização técnica, preparo perioperatório, desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas, além da formação de equipe multidisciplinar.
Se você não sabe qual procedimento bariátrico — sleeve ou bypass gástrico — é o melhor para você, este texto vai esclarecer alguns questionamentos. Aqui no Instituto Medicina em Foco, o Dr. Carlos Obregon, nosso gastrocirurgião é especialista nesse tipo de procedimento, entre em contato e faça uma consulta com ele.
O que é a cirurgia de sleeve gástrico?
A gastrectomia vertical, ou sleeve gástrico como também é conhecido, é um tipo de cirurgia bariátrica. Nessa operação, grande parte do estômago é retirada, cerca de 80% dele, e deixa uma “manga” tubular, do formato de uma banana.
Nesse caso, o estômago fica com um volume aproximado de 180 a 200 ml. Na cirurgia, é removido também o fundo gástrico – área onde a grelina, entero-hormônio com ação orexígena, ou seja, indutora do apetite, é produzida.
Qual é o propósito da cirurgia de sleeve gástrico?
A intenção dessa cirurgia é a de restringir a quantidade de comida que uma pessoa pode ingerir. Ela faz com que o paciente se sinta mais satisfeito não só pelo tamanho que o estômago é reduzido, mas também pela remoção dos hormônios da fome que o estômago pode produzir. Assim, o apetite fica bem reduzido e os pacientes ficam com impulsos mais controlados, reduzindo as chances do reganho de peso.
Para quais pacientes o sleeve gástrico é ideal?
Antes de ser definido o procedimento cirúrgico, é fundamental fazer uma análise clínica do paciente. Somente através dela, que será possível definir de forma precisa qual a melhor técnica para a cirurgia de redução de estômago.
Além disso, é necessário considerar os critérios que o CFM (Conselho Federal de Medicina) considera para a indicação da cirurgia bariátrica, como:
- IMC ≥ 40 kg/m².
- IMC ≥ 35 kg/m² na vigência de comorbidades.
- IMC ≥ 30 kg/m² na vigência do DM2 (diabetes tipo 2) insulinodependente sem capacidade de controle clínico.
Dito isso, os fatores mais comuns que são levados em consideração para a escolha da gastrectomia vertical são:
- Pacientes com obesidade grave com IMC entre 35 a 45 kg/m²: a gastrectomia vertical costuma ser suficiente para promover perda de peso adequada nesses casos, sem a necessidade de desvio intestinal completo. Por ser uma técnica menos complexa, apresenta menor risco de complicações e permite resultados expressivos, mantendo boa resposta metabólica.
- Idades extremas (adolescentes/idosos): como envolve menor manipulação intestinal, a Sleeve gera menos alterações na absorção de nutrientes e demanda um tempo cirúrgico mais curto. Isso reduz riscos em adolescentes, cujo organismo ainda está em desenvolvimento, e em idosos, que têm maior vulnerabilidade a eventos adversos e a deficiências nutricionais.
- Perdas ponderais não tão expressivas: quando o objetivo não é uma redução de peso drástica, a gastrectomia vertical oferece equilíbrio entre eficácia e segurança. Ela promove saciedade rápida sem gerar má absorção significativa, facilitando reeducação alimentar e minimizando carências nutricionais, ideal para quem busca emagrecimento gradual.
- Grandes hérnias ventrais: a vantagem da gastrectomia vertical em pacientes com grandes hérnias ventrais é a possibilidade de se fazer a cirurgia por laparoscopia sem a necessidade de abrir a hérnia (permitindo uma perda de peso segura e uma posterior correção da hérnia com o paciente em condições de peso melhores).
É importante esclarecer que esses pontos não substituem uma análise com a nossa equipe multidisciplinar na MEF.
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Como é realizada a gastrectomia vertical?
O sleeve gástrico é uma cirurgia minimamente invasiva. É um procedimento que pode ser feito por laparoscopia ou por via robótica. Dessa forma, ao invés de fazer grandes incisões para abrir a cavidade abdominal, o gastrocirurgião realiza a operação através de pequenos cortes.
Isso é um ponto positivo. Afinal, dessa forma, o paciente tem mais chances de ter um tempo de recuperação mais curto em comparação com as cirurgias bariátricas abertas, que ainda são realizadas em alguns hospitais públicos. Além disso, o tempo de cirurgia pode ser bem curto, sendo de 60 a 90 minutos.
Veja como a gastrectomia pode ser realizada
- O anestesista aplicará anestesia geral para que você esteja dormindo durante toda a cirurgia.
- Será feito um pequeno corte no abdômen, de cerca de 1,5 cm, por onde será inserida uma porta. Em seguida, será introduzido gás carbônico para expandir a região.
- Um laparoscópio — uma câmera pequena com luz — será colocado por essa porta para transmitir imagens internas em uma tela.
- Através de mais incisões (geralmente três ou quatro, entre 5 a 15 mm), o cirurgião inserirá outras portas e realizará o procedimento com instrumentos finos e alongados.
- A manga gástrica será medida e, com o auxílio de um grampeador cirúrgico, o restante do estômago será separado.
- A parte separada do estômago será removida, e as incisões serão fechadas cuidadosamente.
Cuidados após o procedimento cirúrgico
O tempo de recuperação pode variar de paciente para paciente, mas geralmente é necessário ficar de um a três dias de internação. O retorno às atividades laborais pode demorar em torno de um mês após o procedimento cirúrgico.
Nas primeiras duas semanas, a dieta líquida será a mais indicada. Após a terceira semana, sob supervisão de um profissional, uma dieta mais pastosa, ainda que leve, pode ser introduzida.
Bypass gástrico: como é essa cirurgia bariátrica?
A cirurgia de bypass gástrico é uma técnica, que ao contrário da anterior, é mais complexa. Ela exclui a maior parte do estômago do trânsito intestinal, mas não o resseca. Nesse procedimento, é criada uma bolsa na pequena curvatura alta do estômago, de 40 ml aproximadamente, e realizado um desvio em Y de Roux, com alça alimentar e biliopancreática de 100-120 cm cada.
Como isso promove a perda de peso e melhora metabólica?
- Restrição alimentar: Com o estômago drasticamente reduzido, o paciente come menos em cada refeição e, geralmente, sente saciedade precoce.
- Menor absorção de calorias / nutrientes: Ao desviar parte do intestino, há uma absorção reduzida de gorduras e carboidratos, potencializando a perda de peso.
- Mudanças hormonais: O bypass influencia a liberação de hormônios intestinais (como GLP-1 e PYY), que ajudam a aumentar a saciedade e melhorar a sensibilidade à insulina. Isso explica por que muitos pacientes com diabetes tipo 2 apresentam remissão ou controle marcado da glicemia logo após a operação.
O Bypass é indicado para quais tipos de paciente?
Dadas as indicações para a cirurgia metabólica feitas pelo CFM e as análises clínicas considerando o histórico de cada paciente, os fatores que mais levam para a escolha do Bypass geralmente são:
- Síndrome metabólica: o bypass gástrico apresenta efeito metabólico significativo, promovendo melhora do perfil glicêmico, da resistência à insulina e dos componentes da síndrome metabólica (pressão arterial, níveis lipídicos e glicemia).
- Doença do Refluxo Gastroesofágico: ao criar a pequena bolsa gástrica e desviar o fluxo alimentar diretamente para o jejuno, o bypass reduz a pressão no esfíncter esofágico inferior, diminuindo episódios de refluxo. Para pacientes que apresentam refluxo grave, esofagite erosiva ou hérnia hiatal associada, o bypass é preferido em vez do sleeve, pois esta última pode agravar o refluxo ao manter o trânsito pelo piloro.
- Necessidade de grandes perdas ponderais: quando o objetivo é uma redução de peso mais acentuada, o componente de redução de absorção do bypass favorece resultados mais expressivos do que a gastrectomia vertical isolada. Em indivíduos cuja história clínica indica dificuldade de perder peso apenas com restrição gástrica, o desvio intestinal potencializa a perda calórica e resulta em maior emagrecimento.
- Super-obesidade (IMC > 50 kg/m²): pacientes com IMC acima de 50 kg/m² têm menor probabilidade de alcançar perda de peso satisfatória com o sleeve. O bypass, ao combinar redução de volume gástrico e desvio intestinal, oferece um mecanismo duplo de emagrecimento, sendo indicado nesses casos para obter rapidez e magnitude de perda de peso, além de diminuir o risco de complicações associadas à obesidade grau 3, como apneia do sono e insuficiência cardiopulmonar.
Cuidados após a cirurgia de bypass
Após passar por um procedimento cirúrgico de duas a quatro horas, o paciente fica no hospital por até quatro dias em média. O tempo de recuperação é mais longo no bypass em comparação com o sleeve.
Atividades físicas extenuantes só após seis semanas da cirurgia e o retorno à dieta normal pode levar 12 semanas com alimentos sólidos. Por isso, obter uma atenção especial de uma equipe multidisciplinar com nutricionistas, psicólogos e entre outros profissionais é importante.
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No Instituto Medicina em Foco, você encontra uma equipe de profissionais multidisciplinares, pronta para encarar os desafios da bariátrica feita com responsabilidade. Você será acompanhado desde as avaliações iniciais até o pós-operatório com todo o cuidado que precisa e merece.
O Dr. Carlos Obregon, graduado em medicina pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia), com especialização em Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), utiliza apenas técnicas comprovadas e seguras.
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FAQ – Perguntas frequentes sobre Sleeve ou Bypass Gástrico: qual é a melhor cirurgia
1. Qual é a principal diferença entre o sleeve e o bypass gástrico?
O Sleeve Gástrico remove parte do estômago. O Bypass Gástrico cria um desvio no intestino com a técnica Y de Roux.
2. Como saber se a cirurgia bariátrica é indicada para o meu caso?
A cirurgia bariátrica é indicada para obesidade grave ou obesidade grau 3 com comorbidades, conforme avaliação do gastrocirurgião.
3. Quem tem obesidade grave pode escolher o tipo de cirurgia que deseja fazer?
A escolha entre Sleeve ou Bypass Gástrico é feita pela equipe multidisciplinar com base nas comorbidades e exames.
4. O que os médicos avaliam antes de recomendar o sleeve ou o bypass?
O gastrocirurgião avalia IMC, refluxo, apneia do sono, hipertensão e diabetes tipo 2 para indicar o melhor tipo de cirurgia bariátrica.
5. É verdade que o bypass ajuda mais no controle do diabetes tipo 2?
Sim. O Bypass Gástrico oferece melhor controle do diabetes tipo 2 por atuar diretamente na absorção e nos hormônios.
6. O sleeve é indicado para quem tem refluxo ou isso pode piorar o problema?
O Sleeve Gástrico pode piorar o refluxo. Nesses casos, o Bypass Gástrico é mais indicado pelo gastrocirurgião.
7. Existem diferenças no preparo pré-operatório entre o sleeve e o bypass?
O preparo inclui exames, dieta e avaliação com equipe multidisciplinar. Ambos são feitos por cirurgia minimamente invasiva.
8. Ter hipertensão influencia na escolha do tipo de cirurgia bariátrica?
Sim. A hipertensão é uma comorbidade relevante para definir entre Sleeve Gástrico e Bypass, junto ao histórico do paciente.
9. A decisão sobre qual cirurgia fazer depende apenas do IMC?
Não. Além do índice de massa corporal, os médicos avaliam comorbidades como apneia do sono, diabetes e perda de peso esperada.
10. Como a equipe multidisciplinar ajuda na escolha entre sleeve e bypass gástrico?
A equipe multidisciplinar analisa obesidade grau 3, comorbidades e objetivos de perda de peso para definir o melhor tratamento.
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